Gênero textual Carta através de mensagens em garrafas lançadas ao Mar

AUTORA
Professora Francieli Taborda, 5º ano A

Os alunos do 5º ano A da Escola Rural Municipal São Braz, em Ipiranga-PR, desenvolveram uma atividade focada na escrita e leitura. Foi trabalhado o gênero textual carta da vida cotidiana. Como introdução da aula levei para sala diversas histórias de cartas lançadas dentro de garrafas e jogadas ao mar.

Mesmo em tempos de Facebook, WhatsApp e todo tipo de comunicação instantânea eletrônica, o singelo ato de escrever uma mensagem num pedaço de papel, colocá-la dentro de uma garrafa vazia e lançá-la ao mar, na esperança de que, um dia, ela vá dar em algum lugar e seja lida por alguém, ainda é largamente praticado. Nada é mais intrigante em qualquer objeto trazido pelo mar do que imaginar de onde ele veio e a história que há por trás dele. Como não vibrar ao ler o que está escrito em um pedaço de papel que vagou meses pelos oceanos? Como não ficar tentando imaginar quem o escreveu e em quais circunstâncias isso aconteceu?

Esse ato deu inicio com os gregos, 300 anos antes do início da nossa era, quando eram usadas para tentar avaliar a extensão dos oceanos, as histórias são ainda mais fascinantes, porque há, de fato, uma história escrita em cada mensagem. E uma pessoa em carne e osso do outro lado, que quer ser contatada, feito uma espécie de Facebook primitivo.

Após a leitura das diversas histórias de cartas, trabalhamos na prática como escrever uma carta pessoal, o que é escrito em seu começo, meio e fim. Depois, com a ajuda da professora de Arte tingimos o papel sulfite com café para darmos um aspecto de folha envelhecida, como as das cartas encontradas em garrafas no mar.

Ao incentivar as crianças para atividade de escrita da carta, perguntei a turma para quem eles gostariam de escrever e lançar ao mar, para minha surpresa um aluno respondeu: -“Para as crianças que estão sendo obrigadas a fugir da guerra na Ucrânia”.

Como algumas das sugestões seria impossível, convidei os educandos a fazermos de conta que moramos próximo ao litoral escrever uma carta e “lançar ao mar”, porém, para os colegas do 4º ano de nossa escola, escrevemos, colocamos dentro de uma garrafa, “lançamos” a eles e esses farão a leitura e depois responderão a carta que estava na garrafa escolhida, igual dizia nas histórias de cartas lançadas ao mar e assim foi feito.

A professora do 4º ano também estava trabalhando o gênero textual carta, os alunos ficaram muito curiosos para saber de quem seria a carta da garrafa escolhida. Após a leitura, escreveram outra carta como resposta, colocaram na mesma garrafa e devolveram para os alunos do 5º ano.

Todos adoraram a atividade e relataram que não vão perder o hábito da escrita, sugerindo até de trocarmos cartas com alunos de outras escolas.













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